sábado, dezembro 31

Segundo concurso de aniversario

Proximamente a um novo ano (que é nao mais do que uma forma de marcar cronologicamente o tempo, convencionada por humanos) temos também, a menos de um mes (dia 24 de Janeiro), o segundo aniversario do nosso blog. Parece-me incrivel como o blog que decidimos criar uma noite, esteja ainda de pé e, esperançosamente, cada vez melhor. Este blog já conheceu e representou varios momentos e varias historias das nossas vidas, algumas contadas directamente, outras nas entrelinhas; umas para todos acompanharem, outras para poucos perceberem.
Coincidentemente, estamos perto de atingir também as 5000 visitas. Sei que sao poucas para um blog com esta idade... tenho consciencia que o que aqui escrevemos nao é lido por muitos visitantes... mas que sejam poucos e bons! Os comentarios, que por varias vezes tiveram «acidentes de percruso» e «problemas tecnicos», sao ainda do servidor antigo, e tambem nao temos muitos.
De qualquer forma, o aniversario do blog conjugado com o numero de visitas merece uma celebraçao. E tal como no ano passado, que Black__Rainbow teve a ideia de fazer um concurso dos melhores textos que nos enviassem, este ano, gostaria de fazer o mesmo.

Assim, esperamos que os nossos leitores nos enviem alguns dos seus textos para o meu e-mail ( marshall_letters@hotmail.com ). Entretanto eu e o Black__Rainbow escolheremos um entre os textos que aparecerem, para serem publicados nesse dia. Relembro mais uma vez que os textos devem ser escritos por voces. Também podem enviar, juntamente com o vosso texto, o vosso nome (ou pseudonimo), e-mail, site do vosso blog...; os textos podem também ser anonimos, se assim o desejarem.
Relembro a vencedora do ano passado, l-life_angel-l, com um blog em http://www.omeurefugio.blogspot.com/.
Obrigado e bons escritos.

sexta-feira, dezembro 30

Falling again

"I lay, looking at my hands
I search in these lines

I've not the answer
I'm crying and I don't know
watching the sky
I search an answer
I'm free, free to be
I'm not another liar
I just want to be myself... myself

And now the beat inside me

is a sort of a cold breeze and I've
never any feeling inside
ruining me...
bring my body
carry it into another world
I know I live... but like a stone I'm falling down

I pray, looking into the sky
I can feel this rain
right now it's falling on me
fly, I just want to fly
life is all mine
some days I cry alone,
but I know I'm not the only one
I'm here and another day is gone
I don't want to die
Please be there when I'll arrive...
don't cry... please"

by Lacuna Coil

Uma musica excelente, duma banda já conhecida aqui. A segunda banda da qual pintei uma t-shirt... e acho que isso já diz o suficiente.
Esta musica, em certos pontos lembra-me muito uma pessoa que gosto de pensar que conheço bem, mais tarde, dedicar-lhe-ei este post.
Aqui o tema é alguem que procura uma resposta a algo que nao sabe, chora sem poder responder porque, mas insiste em ser-se a si proprio. Quem pode dizer que nunca sentiu algo semelhante? E depois fará ainda mais sentido sabendo-se que apos este enorme esforço para uma resposta sem pergunta, ate a batida do nosso coraçao nos parece diferente de sempre? Podemos saber-nos vivos, mas sabemos que estamos a caminhar para uma vida sem «resposta», sem proposito. Os dias passam, mas o sentimento mantem-se e parece que se desperdiça a vida. Sabendo que há mais alguem a sentir-se da mesma forma, sob o mesmo céu, sob o olhar da Lua. A nossa unica esperança, quando voltarmos, nao ficarmos sós... e que ninguem sofra por nós.
É triste sentirmo-nos assim, sentir que a nossa vida e o mundo nao tem proposito. Mais triste ainda é, quando temos essa tipica crise da adolescencia, em que vemos todos os probelmas e ficamos chocados com o mundo pois parece que mais ninguem os ve, sabermos-los reais! Sabemos com tanta certeza que nos juramos nunca mais nos esquecermos disso... e depois já nao sermos capazes de os ver... um tema já explorado num post anterior, citando Herberto Helder.

quinta-feira, dezembro 22

Morte, paixao ou odio

"Quando o vento se levanta e passa, tua cabeça adormecida poe-se a brilhar. Em redor dela um halo de sombra onde a minha mao entra, vagarosamente, pedindo-te um Sinal.
Procuro o rosto com os dedos afiados pelo desejo. Toco a alba das pálpebras que, de súbito, se abrem para mim. Um fio de luz coalha na saliva do lábio.
Ouvimos o mar, como se tivéssemos encostado a cabeça ao peito um do outro. Mas nao há repouso nesta paixao. O dia cresce, sem luz — e os pássaros soltam-se do pólen dos sonhos, embatem contra os nossos corpos.
Nada podemos fazer.
Um risco de passos ensanguentados alastra pelo chao da cidade. A noite cerca-nos, devora-nos. Estamos definitivamente sozinhos.
Começamos, entao, a imitar a vida um do outro. E, abraçados, amamo-nos como se fosse a ultima vez...
O tempo sempre esteve aqui, e eu passei por ele quase sempre sozinho.
No entanto, recordo: deixaste-me sobre a pele um rasgao que já nao dói. Mas quando a memória da noite consegue trazer-te intacto, fecho os olhos, o corpo e a alma latejam de dor.
Dantes, o olhar seduzia e matava outro olhar. Agora, odeio-te por nao me pertenceres mais. Odeio-te. Abro os olhos. Regresso ao meu corpo e odeio-te. E, quem sabe se no meio de tanto ódio nao te perdoaria - mas ambos sabemos que o perdao nao existe.
Se fugias, perseguia-te. Mas o olhar começava a cegar. Sentia-te, já nao te via. E o pior é que o tacto também esqueceu, rapidamente, a sensualidade da pele e o calor do sexo. O rosto aprendido de cor.
Hoje, tudo se sobrepoe. Nomes, rostos, gestos, corpos, lugares... um montao de cinzas que me deixaste como herança.
Nao devo perder tempo com o ciúme. A paixao desgastou-me. E nunca houve mais nada na minha vida - paixao ou ódio.
Só isto: se me aparecesses agora, tenho a certeza, matava-te"

by Al Berto

Um pequeno excerto do livro "O anjo mudo" que encontrei na net, numa pagina do DeviantArt. Uma vez que adorei o texto procurei o livro, mas, nao tem sido facil de encontrar. Ainda assim, ainda tentarei por mais algum tempo, se o conseguir, com certeza que mais excertos virao aqui parar...

segunda-feira, dezembro 12

Entwined

"And you take me over
Over again

I wonder how can I go on and on
when you want to bury my passion
You are the shell around
I cannot escape
and I swallow my pride

Entwined together now
It's time to pass it over
(and you take me over, over again)
Entwined together now
And you take me over
Over again

I wonder
how can I live on and on
when you want to live in a hurry
You are the wall
-that I-
That I have to remove
And I swallow
I swallow my pride

Entwined together now
It's time to pass it over
Entwined together now
Entwined forever
And you take me over
Over again
Entwined together
Entwined forever"

by Lacuna Coil

A musica que aqui fica postada num momento que deveria ser de celebraçao, pois todas as datas marcantes costumam se-lo. Algo nao agradavel, ainda assim, um momento de extrema importancia e vivencias indispensaveis a ser quem sou.
Tudo mudou agora, mas o passado consegue sempre atirar os seus fantastmas sobre nos... Mas agora é altura de aceitar isso e seguir em frente, seguir em frente sem passar tanto tempo a olhar para o passado... Se algum dia for capaz de me desligar disso.
Para quem quer que se importe, aqui fica a celebraçao das antigas dores que concluem por agora os 24 ciclos Lunares. Postado no dia 12... propositadamente.
Aqui fica, como uma mais uma cicatriz permanente neste blog, com uma lagrima de sangue do coraçao.

quarta-feira, dezembro 7

Só para dizer

"Só para dizer
que te amo,
nem sempre encontro
o melhor termo,
nem sempre escolho o melhor modo.


Devia ser como no cinema,
a lingua inglesa
fica sempre bem
e nunca atraiçoa ninguém.


O teu mundo
está tao perto do meu,
e o que digo está tao longe
como o mar esta do céu.

Só para dizer
que te amo,
nao sei porque este embaraço,
que mais parece que só te estimo,
e até um momento em que digo
que nao quero e o que sinto por ti
sao coisas confusas
.


E até parece que estou a mentir
As palavras custam a sair
Nao digo o que estou a sentir,
Digo o contrario do que estou a sentir


O teu Mundo
está tao perto do meu,
e o que digo está tao longe
como o mar esta do céu
E é tao dificil, dizer amor,
é bem melhor dize-lo a cantar.


Por isso esta noite
fiz esta cançao
para resolver o meu problema de expressao.
Pra ficar mais perto
Bem mais de perto
Fica mais perto
Bem mais de perto"


by Cla

Uma musica muito alternativa ao estilo normal aqui postado. De qualquer forma, com uma letra muito bonita que remonta 'a visao do amor e paixao que penso ter-se no inicio da adolescencia. Aquele momento em que se experimenta nos primeiros anos a verdadeira atracçao por alguem, nao apenas alguma coisa imposta.
Dedicatoria obviamente nao tem, por ser um tema como este. Assim cada um pode dedica-lo a quem quiser, eu ca dedicarei, com certeza.

sábado, dezembro 3

The Darkening

"And they travelled into the darkening,
I couldn't smile one final mistake,
the frozen tides keep heading south,
my broken home not far from you,
surrender slow I'll move with you,
wherever nothing you lead me to...

and they travelled into the darkening,
whitening the worlds behind,
we have reached the southern most,
and we want to know why, we want to know why.

wish bound, the time has come to choose alone,
to crack the code while you are young, while we feel strong,
have your revenge rape what you saw,
the midnight sun, arrives so late fourious and fast.

and they travelled into the darkening,
whitening the worlds behind,
we have reached the southern most,
and we want to know why, we want to know why.

and they travelled into the darkening,
whitning the ones behind,
we have reached the southern most,
and we want to know why, we want to know why.

and they travelled into the darkening,
freightining the ones behind,
we have reached the horror most,
and dare not to know why, dare not to know why.

Darkening,
Whitening,
freightining,
Weakining..."

Uma bela musica de Moonspell que nao está em nenhum dos seus albuns, apenas no single da Everything Invaded. Eu penso que esta é uma grande musica com qualidade mais que suficiente para fazer parte dum album, de qualquer forma é sempre agradavel descobri-la perdida e esquecida num single!
Um ritmo tao mais voltado para o rock gotico e menos para o heavy metal, de certa forma lembra-me 69 Eyes ou algo de genero.

quinta-feira, dezembro 1

Neurologista?

Vi agora mesmo um momento televisivo publicitario ao credito da Millenium BCP que me deixou a pensar em coisas estranhas (como sempre). Para quem nao conhece, o que la se mostra sao medicos a espreitar para os olhos, ouvido... das pessoas e a conseguirem ver o que eles querem.
E se isso fosse mesmo assim? Aposto que ate teria medo de ir ao medico! De qualquer forma, eles nao podem ver o que vai no nosso pensamento porque é feito em bases quimicas entre neuronios e sinapses e todos esses acontecimentos tecnicos que nao é oportuno explicar. Para alem do mais ainda ninguem sabe bem como funcionam.
Mas e se descobrem a genese do pensamento? Se descobrem a base fisiologia e quimica do pensamento e raciocinio? Bem, entao seria possivel saber o que estariamos a pensar. E afinal a leitura de mentes nao seria assim tao incredivel. Seriam também capazes de prever aquilo que fariamos em determinadas condiçoes, com tanta mais certeza quanto nos conhecessemos e fossemos equilibrados mentalmente.
Mas se conseguirmos saber como funciona e conseguirmos ler, vamos saber ate que ponto factores extrinsecos 'a fisiologia normal humana (como a electricidade) alteram o funcionamento mental (e sim, alteram mesmo, apenas nao se sabe como nem porque). Entao, talvez nao estivesse tambem muito distante controlar os nossos pensamentos e acçoes. E isso poderia ser feito perante um estimulo, desconhecido para o consciente.
Ora isto ja parece um filme de ficçao cientifica, ma uma protese mecanica foi alvo dum filme desse genero ha alguns anos atras. Agora é realidade.
Para alem do mais, podemos ser paranoicos ao ponto de pensar que os neurologistas nos fazem ja este tipo de experiencias e controlos, pois nos nao teriamos necessariamente consciencia!
E depois de tanta divagaçao parva, eu limito-me a perguntar... alguem terá ficado com vontade de eliminar os neurologistas?

sábado, novembro 26

Doom & Lobos Assassinos

Recentemente tive a oportunidade de ir ao cinema ver o Doom. Este filme, do qual nem sequer conhecia a historia, tive uma certa curiosidade em ir ver. Posso desde já dizer que há um ponto de discordancia entre a historia do jogo e do filme, qual delas a melhor? Penso que a do filme, a do jogo ultrapassa um pouco os conhecimentos que tenho, fazendo-me apenas deixa-lo cair no mundo da fantasia. Para quem nao sabe, a historia do jogo começa como uma escavaçao arqueologica em Marte, que, nao propositadamente abre um portal para uma outra dimensao ou mundo ou seja lá o que for. O filme discorda num ponto desta historia, mas penso que contar o que será poderá tirar algum valor ao filme visto pela primeira vez sem nada se saber dele, pelo que me mantenho em silencio.
De qualquer forma, achei o que o filme estava muito bem conseguido, muito fiel 'as (poucas) imagens que conheço do jogo. O som está bastante estranho, se é que se pode chamar assim, mas nao deixa de ser interessante. Fiquei um pouco apreensivo ao saber que "The Rock" fazia parte do elenco, mas nao me desapontou. Um fime com bastante acçao e muita ficçao cientifica, com momentos bem interessantes.

Um outro filme que tive a oportunidade de ver (mas nao no cinema) foi o Dog Soldiers (titulo em portugues Lobos Assassinos). Um filme que, como já seria de esperar, trata de lubisomens, mas, desta vez, frente a um plotao do exercito. Gostei da forma como se desenrolou, ainda que, por vezes, o tenha achado mal conseguido. O problema da concretizaçao duma lenda licantropina ao cinema está presente em todos os filmes, porque sao lendas proprias de serem contadas ou lidas, torna-las imagem nao é facil. Um licanotropo descrito acaba sempre por ser mais assustador do que a uma imagem que nos prendemos. Ainda assim, há boas imagens de lubisomens. O filme está original na concepçao e tem novidades e descobertas ao longo da historia.

Para quem quiser saber mais, aqui ficam os links do Doom e do Dog Soldiers no www.imdb.com

sábado, novembro 12

Perunta +- rectorica

Uma pergunta duma amiga que ja constou neste blog, mas nao em nome me fez uma pergunta um tanto quanto interessante pela formulaçao, pelo que penso perguntar e pelas possibilidades de resposta infinitas...

A realidade é um sonho ou o sonho é realidade?

Moonspell news

Ontem tive o prazer de reparar num novo site (ou parte blogista deste) que fará parte dos nossos links. Isto ainda tera de ter a aprovaçao de Black__Rainbow, mas penso que ele ira concordar.
Ao tentar encontrar alguma informaçao adicional sobre os Moonspell acabei por ir parar 'a pagina oficial da banda, agora modificada. Afinal, os Moonspell finalmente abriram o blog que conta a progressao da banda e do trabalho novo que esta a construir longinquamente. Só descobri ontem esse blog, pelo que estive a ler todos os posts de seguida.
Sobre o novo trabalho (e esta informaçao é proveninente do blog deles), parece ser promissor, talvez ate demais. Concordo com Black__Rainbow ao dizer que o trabalho deles me poe curioso e um pouco apreensivo. Isto porque o novo album, de nome Memories, é um tributo ao 1? album da banda, lançado 'a 10 anos atras, Wolfheart. Durante o blog ao ler as escritas do Fernando parece-me notar alguma pena no caminho que tomaram e parece querer remontar as origens. Claro que isso me deixa extremamente alegre, o Wolfheart foi sem duvida um grande marco!
O que de negativo pode ter é que a musica nova pode nao estar ao nivel de fazer um tributo a algo tao grande quanto o Wolfheart, pelo que o tributo da memoria ainda presente pode sair um pouco negativo. Também porque tudo isto se assemelha ao que as bandas fazem perto do seu final de vida, uma memoria aos bons tempos passados, memorias e recordaçoes trazidas vivas de novo mesmo antes do final.
Mas vamos ser optimistas e pensar que apenas apos tanto tempo e tanta divergencia, a banda concordou em voltar determinantemente ao que era e que os colocou na posiçao inicial que os levou 'a posiçao na qual agora se encontram. Louvavel.
Também nao consigo ser muito negativo quando penso que a musica podera nao estar ao nivel do Wolfheart. Afinal foram eles que o fizeram inicialmente e agora, passados quase 11 anos a banda tem mais fama, esta mais brilhante e tem mais experiencia do que alguma vez tiveram. Desta vez canalizam a sua magia musical para a origem que os iniciou e para sentimentos antigos. Chegaram até a tentar recriar o ambiente em que gravaram o Wolfheart, nos mesmos quartos, da mesma cidade, no mesmo estudio. Dizem também (Fernando e Mike) que é a melhor musica que alguma vez fizeram e que estao agora mais perto da verdade que em qualquer outro momento de direccionamento da banda perante um novo trabalho...
Vamos acreditar neles... e esperar ate 'a Primavera de 2006 para ver (ou ouvir) o resultado...

\m/

terça-feira, novembro 1

Halloween

Foi ainda ontem mas parece já ter passado 'a muito mais tempo e ainda tao presente! Ainda ontem que estive "In and Above Men", com muitos outros. Foi uma grande noite.
Desde a saida das aulas ate ir cheio de pressa fazer tudo para ir ter com amigos, que também estiveram presentes toda esta fantastica noite.
O projecto correu bem e tal como planeado o jantar no Via Catarina foi suficientemente cedo para estar no teatro 'as 21.30 (hora a que, supostamente, as portas abriam). Depois do jantar dei-me a conhecer a duas pessoas que já conhecia há algum tempo, mas nao pessoalmente... interessante... No teatro esperei muito mais tempo por abrir as portas que qualquer outro momento que la tenha ocorrido! Mesmo assim, fui dos primeiros a chegar lá e consegui um lugar bem perto do palco.
O ambiente era optimo. O teatro Sá da Bandeira tem a sala ideal para um ambiente sinistro e para um concerto de Halloween.
O pior do concerto foi o mosh, foi exagerado e muito violento. De resto, o concerto correu lindamente! Foi muito forte, com musicas antigas e novas bem misturadas e resultando em momentos fortes e emocionais.
Consegui concretizar algo que tinha como objectivo, que foi ouvir a Angelizer ao vivo. Esta era uma das musicas de Moonspell que menos gostava quando inicialmente a ouvi, passou a uma musica genial desde que a vi num concerto. Desde esse momento que desejava ouvi-la ao vivo. Fernando Ribeiro e as suas asas... "The eternal spectator".
Após todas as musicas fortes do concerto, FullMoon Madness... pouco mais haverá a dizer para quem sabe o que ela significa para Wolfhearted ones, para aqueles que nao o sao, bem, nada há a dizer. Também a Capricorn at her feet, musica mais calma do concerto, foi de uma carga emocional enorme.
Chegou o momento do adeus 'a magia momentanea e sempre presente dos Moonspell. Eu e todos aqueles que foram comigo (e nao me lembro de ninguem melhor para ter ao meu lado) estavamos estourados. Agradavelmente cansados. Encontrei (totalmente) inesperadamente alguém que conhecia, alguem da minha turma! Afinal ainda há lá meia duzia de pessoas com bom-gosto!
A banda seguinte era bastante boa, embora nao a conhecesse, gostei. Ainda assim, cansou-me um pouco demais e, como também já nao a estava a ouvir na sala do concerto (que os ouvidos nao mo permitiram), decidi sair.
No momento em que estava sentado no corredor, reparei que as minhas botas de longa data deram as ultimas. Nobremente se aguentaram já muito tempo (mais de 2 anos) com tratamentos muito agressivos, muitos kms fiz com elas, em muitas (e tao importantes) historias poderiam contar. As botas, parte integrante minha, terao de ser reformadas dentro em breve... E que momento mais glorioso para lhes dar um final do que num concerto dos Moonspell, de Halloween?
Saindo do teatro, um passeio pelo Porto 'a noite... extremamente agradavel. Só a sede faz a água saber tao bem quanto absynto no meio da chuva fria... e isto nao se reflecte apenas na agua, mas em tudo o que ontem se passou!
Chegando perto de casa, adeus a alguns, adeus alegre, mas triste, esperando ver-vos em breve! Um pouco mais de tempo sereno dentro do carro, a reviver o passado, acabo por adormecer a ouvir a chuva, com o coraçao quente... acordo algum tempo depois, tempo de ir para casa...
Mas nao tinha tudo terminado, afinal toda a cidade estava apagada, a luz faltou em todo o lado durante cerca de uma hora nesta noite fria. Chegando a casa, a luz foi recuperada a tempo de ouvir a Ghostsong mesmo antes de me deitar, depois de ter andado pela casa com velas.

Sem duvida, uma das melhores noites da minha vida...

domingo, outubro 30

E foi hoje que reservei o meu lugar "In And Above Man" :


Paraiso?

Hoje em conversa ocorreu-me uma coisa louca! Daqui saiu mais uma daquelas loucas teorias que nao lembram a ninguem, que eu adoro ter e discutir!
Vamos por um momento sair da realidade e pensar como se Adao e Eva tivessem mesmo existido...
Adao e Eva (nao atribuindo culpa a nenhum dos dois) amaldiçoaram para sempre a raça humana, que para sempre tera de sofrer para viver, tera de trabalhar... Se eles nao tivessem comido "a maça", a esta hora estariamos todos no paraiso, sentados numa nuvem a ver passar os dias, felizes e contentes, nas nossas inocencias.
Mas a minha pergunta é, sera que era mesmo bom?
O paraiso nao é bom! Afinal nos vamos para la e nao existe pecado! O que dá gozo na vida é pecado! Nos no paraiso nunca teriamos gula, nunca amariamos na totalidade por ser um sentimento tao forte (e por isso, potencialmente destrutivo), nunca dariamos valor a nada pois nao teriamos de nos esforçar por isso, nao teriamos alcool, tabaco, qualquer tipo de drogas, sexo (provavelmente so para reproduçao), palavoes, faltas de humor, piadas badalhocas, carros competiçoes, insultos (pelo que o elogio perdia o valor), mau tempo, contraditoriedade de ideias e, consequentemente, nao existiria o debate... e muitas outras coisas que imagino que consigam conceber muitas mais, e, provavelmente, mais ate do que eu.
Por isso, acordem! O paraiso nao pode existir! O paraiso é uma contradiçao, e lá apenas se sentiria bem quem vivesse na inocencia de nunca ter conhecido o pecado. Mas eu perfiro saber, a minha teoria é ter conhecimento de tudo, para podermos escolher correctamente e negarmos ao que nao queremos. Se todos vivessemos ainda hoje no paraiso (e aquela maça nao tivesse sido comida), seriamos ignorantes felizes, sem saber o gozo que temos no vicio e nos pequenos prazeres mortais.
E isto me leva a um outro pensamento... poderia existir uma forma de vida ainda melhor do que esta, que, por alguma razao, nao nos tivesse sido permitida ou demonstrada... Talvez pudessemos viver muito melhor se conseguissemos conceber alguma coisa que poderiamos fazer (ou nao fazer), mas que nunca ninguem se lembrou e ninguem sabe que existe. Claro que esta ideia é bem mais complexa e bem mais improvavel de ser real. Afinal há por ai gente a tentar tanta coisa! E gente com uma imaginaçao tao produtiva para loucuras!

segunda-feira, outubro 24

Monumental serenata da UP

Ontem tive a oportunidade de assistir a uma serenata de estudantes no largo da Sé do Porto. Um evento interessante, ainda que eu tenha gostado muito mais duma que ocorreu nas traseiras da igreja de Cedofeita. Era um lugar mais escuro, com menos pessoas, mais pequeno, fazia-se mais silencio, ninguem tinha microfones... quase parecia que nao ocorreu realmente, passado algum tempo, assim como com os sonhos.
As serenatas sao compostas (musicalmente) por fados. É um estilo de musica que nao aprecio especialmente, excepto nestes casos. Nao é o tipico fado das casas de fados, fadistas amadores ou Amalia Rodrigues. É um fado um pouco diferente, mais aluente 'a vida academica, amores e desamores, noites e Luares.
Ainda que a serenata nao fosse tanto quanto esperava tive a oportunidade de voltar a ver o Porto, no centro, coisa que nao acontecia ha demasiado tempo. Adoro a cidade enquanto escurece ou de noite, principalmente no Inverno. Para todos aqueles que ainda nao o conhecem, deveriam visitar a baixa do Porto na época natalicia e deixar-se estar por la ate passar a hora de ponta da tarde. É uma visao extremamente bela da cidade. Tirei algumas fotografias que talvez post aqui, mas ainda nao tive oportunidade de as tirar da maquina.

As mais sinceras desculpas a todos os visitantes assiduos (ou nao) pela nao assiduidade de actualizaçao do blog.

sábado, outubro 15

"Estarei so perante o mar? Estarei apenas eu e ele? Todos os outros nao importarao caso nao queiram inteirar-se do momento, claro! Mas será que nao o querem mesmo? Estarao apenas interessados na atitude e nao no porque ou apenas no porque sem atitude?
Nao importa, consigo ve-los, mas agora nao me poderiam ser mais indiferentes. Prestar homenagem ao mar por baixo da Lua (visivel ou nao) é sempre prioritario a quaisquer perguntas ou cepticismo. Olá outra vez, sera que estas assim tao feliz de me ver que me saltas como um cachorrinho a tentar trepar-me? Viste-me recentemente, ainda ontem! Emboras nao tenhas podido sentir-me, falar-me.
Volto. Todos voces... alguma pergunta? Sem perguntas, sem duvidas, so explicaçoes silenciosas nas entrelinhas de palavras doidas. Entre vos posso sentar-me e olhar o mar enquanto me tenta falar em dois tons diferentes. Posso ouvi-lo, posso percebe-lo... tao facil... Posso sentir-me envolto por tao grande força sem forma, posso voar sobre ele. Mas atrevidamente abala todos dos seus postos, sorrindo suavemente.
Sentados num momento de reflexao, no silencio de todas as palavras... até ao demasiado e 'a insuportavel pausa do tempo, feita para nos. Um momento que ate a Lua se dignou a observar por entre cortinas, a esconder a elegancia astral.
Mas nao tu, em pe entre todos os caidos. Flutuando na areia. Fechas-te em ti, assumidamente e sem importar. No teu tao privado e tao guardado mundo, fechado a sete chaves e escondido em ti. Esse mundo que tanto proteges e te deixa poder estar so entre tantos outros. Aí estas tu, bem perto. Mas, ainda, nao mais do que uma sombra forte. E o eterno desejo de poder mostrar o mundo atraves de meus olhos a todos.
Enquanto o rosto e as maos secam, toda a roupa molhada se cola ao corpo da forma mais fria que consigo recordar. Mas apenas me consegue aquecer. Tanta harmonia em volta, tanta perfeiçao, tanta duvida e tanta certeza, determinaçao, força... tanta beleza que parece nao caber em mim! Sei que nao sou capaz de suporta-la em toda na sua totalidade, entao desisto... e toda ela passa por mim, mas deixo de tentar capta-la, deixo-a entrar e sair de mim, deixando-me algo. Tudo isso, deixo ai mesmo, onde encontrei, para onde voltarei.
Volto. Voltas. A ti, em silencio, em abstinencia de loucura extrinseca ao corpo. Duvido, sorrio...
E em tempo de ultimo registo me encontro em escrita descritiva frenetica de algo que tento registar antes que perca alguma da sua magia. Algo que nunca esquecerei e gostaria de agradecer em todo o explendor do agradecimento que tenho para dar a todos o que comigo o partilharam, mas sabendo-o impossivel. Sei-me agora molhado, sei-me frio no corpo. Por agora dispo-me e deito-me com a janela aberta, na minha tao velha cama entre dois lençois e um cobertor pesado. Deito-me, embora saiba que apos tanta emoçao nao serei capaz de dormir. Reviverei o momento horas a fio ate o esgotar e me permitir descansar..."

by Fernando Vargas

Um texto que, desta vez, foi o proprio Fernando que pediu para ser postado. Isto com a certeza de que poucos o entenderam na totalidade, mas apenas os que podem. Postado e divulgado em forma de homenagem e agradecimento.

quarta-feira, outubro 12

Tonight's music

"who could call my name without regretting
who could see beyond this my darkness
and for once save their own prayers
who could mirror down just a little
of their sun

how could this go so very wrong
that I must depend on darkness
would anyone follow me further down
how could this go so very far
that I need someone to say
what is wrong
not with the world but me

who could call my name without regretting
who could promise to never destroy me
tonight my head is full of wishes
and everything I drink is full of her"

by Katatonia

Ainda hoje estive com uma pessoa que tinha tido uma depressao. Recordo com alguma dor como é estar triste, só e sem nada a que se segurar. Posso ainda agradecer aos Deuses (ou Demonios) o facto de ter tido sempre alguem ao meu lado "follow me further down", enquanto precisei... pena que ja nao seja mais dessa forma, afinal "who could promise to never destroy me" nao foi ninguem.
O resto da letra fica para interpretaçao pessoal, mas, como sempre, aberto para discussao ou apresentaçao de ideias.

Katatonia, que ainda neste presente ano editaram um best of com o nome de Black Sessions, que posso confirmar ser um optimo CD (triplo)! Certamente muitas outras musicas deles aparecerao por aqui.
Posso ainda referir que considero que todo o album apresenta uma optima estrutura e desenvolvimento melodico associado 'as capacidades de grande(s) letrista(s).

Lamento a falta de regularidade com que este blog tem sido actualizado, nao me esqueci, apenas me tem sido completamente impossivel mante-lo actualizado. Mas tentarei faze-lo tantas vezes quantas me for possivel, esperando que sejam suficientes para os nossos visitantes mais assiduos nao perderem o interesse...

quarta-feira, outubro 5

Eclipse

Há tanto tempo que este blog ja pedia uma actualizaçao. Nao, nao o esqueci. Decerto nao tenho passado muito tempo aqui, talvez pelo pouco tempo que o mundo (ir)real me deixa, por problemas tecnicos ou talvez ambas...
Há ja bastante tempo que achei que o facto de o eclipse se ver nesta zona e ser de uma dimensao consideravel, deveria ter mençao e merecia um post. Pois claro, todos vimos a musa Lua durante o dia, provando que, ao contrario do que todos dizem, a Lua nao dá luar graças 'a acçao caridosa do sol! Ela tem o poder de o encobrir!
Ver o dia fazer-se escuro, vento levantar-se com tanta poeira, as sombras de tudo mal definidas e tao estranhas, um mundo tao solitario por poucos segundo... quase tive uma bela visao do que sera o apocalipse, se ele chegar a existir num unico momento de destruiçao.
Foi algo extremamente magico. Espero ainda ter oportunidade de postar aqui algumas fotografias (tiradas sem filtro e dum telemovel, infelizmente) desse belo momento.

A Lua...
Spreading an Eclipse... at her feet!

sábado, setembro 17

FullMoon

Só para relembrar a quem se conseguiu esquecer, mesmo com este luar tao lindo, que a Lua Cheia terá o seu maximo esta noite de Sábado para Domingo. A Lua estara no seu apogeu mensal pelas 02.01, o que vai permitir ve-la nesse momento, porque desta vez calha de noite.
Nao podia deixar de referenciar isto dado o Luar que se tem apresentado nestes ultimos dias, daquela Lua tao orgulhosa da sua luz. E ainda porque é num dia 18, e ainda para mais de Setembro, data importante para mim, que a Lua irá atingir todo o seu explendor!
Aproveitem para espreita-la nem que seja so por um momento...

sexta-feira, setembro 16

Estando eu com falta de ideias para um novo post, limito-me a ficar 'a espera que alguma coisa apareça. Ainda assim, aproveito para dizer que dia 19, 2a feira da proxima semana, vou ter muito menos tempo livre do que em qualquer outro momento da vida. Já todos devem ter percebido porque, mas digamos que é apenas ocupaçoes dum mundo que nao é para aqui chamado... pelo menos por enquanto. Claro que isto se irá reflectir na regularidade com que actualizarei o blog.
Um outro problema tem surgido há já bastante tempo e começa a ser inevitavel nao ser notado. Por isso, decidi referencia-lo. Black__Rainbow nao tem feito posts desde há algum tempo, isto deve-se ao facto de o pc dele nao lho permitir. Alguns problemas tecnicos que esperamos ter resolvidos o mais brevemente possivel, mas nao tem sido facil...

segunda-feira, setembro 12

Quase perfeito

Esta musica encontrei-a num journal do deviantart, de uma pessoa que nuncafoi referenciada neste blog (e assim permanecerá). Uma musica de alguem dado ao mundo musical do metal e/ou do gotico, ainda assim, constava esta musica num registo seu. E lá ditava em anexo algo semelhante a "vamos la deixar-nos de preconceitos e ouvir", que é um apelo 'aqueles que recriminam apenas por nao fazer parte do estilo. Foi o suficiente para eu tirar essa musica da net, gostei dela. Musica muito voltada para o lado artistico, é suave (desenganem-se), é musica para os meus ouvidos (mas ja nao era suposto?!).
Tudo isto se passou ja ha algum tempo, a razao porque hoje faço o post é outra. Estava (forçado, obviamente) a ver a festa de aniversario da praça da alegria e esta musica surgiu por entre tudo o que saia da televisao e ja desprezava. Uma musica de qualidade na praça da alegria foi novidade para mim! Tanta coisa estranha com esta musica merece um post!

"Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tao certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Quase que nao chegava A tempo de me deliciar
Quase que nao chegava A horas de te abraçar
Quase que nao recebia A prenda prometida
Quase que nao devia Existir tal companhia

Nao me lembras o céu Nem nada que se pareça

Nao me lembras a lua Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua Tomara que a terra estremeça

Que a minha boca na tua Eu confesso nao sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der O tempo a que temos direito

Se um dia um anjo fizer A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser Faremos o crime perfeito"

by Donna Maria

Obrigado 'a Crys pela letra da musica.

sábado, setembro 10

Alone I break

"Pick me up
been bleeding too long
Right here, right now
I'll stop it some how

I will make it go away
can't be here no more
Seems this is the only way
I will soon be gone
these feelings will be gone
these feelings will be gone

Now I see the times they change
leaving doesn't seems so strange
I am hoping I can find
where to leave my hurt behind
All this shit I seem to take
all alone I seem to break
I have lived the best I can
Does this make me not a man?

Shut me off
I am ready,
Heart stops
I stand alone
Can't be on my own

I will make it go away
can't be here no more
Seems this is the only way
I will soon be gone
these feelings will be gone
these feelings will be gone


Am I going to leave this place?
What is it I'm running from?
is there nothing more to come? (am I Gunna leave this place?)
Is it always black in space?
Am I going to take it's place?
Am I going to leave this race? (Am I going to leave this race?)
I guess god's up in this place?
what is it that I've become?
is there something more to come? (more to come)

Now I see the times they change
leaving doesn't seems so strange
I am hoping I can find
where to leave my hurt behind
All this shit I seem to take
all alone I seem to break
I have lived the best I can
Does this make me not a man?"


by Korn

Cercando a época de Dezembro de 2002 cada acorde desta musica soava nos meus ouvidos como um canto dos deuses. Uma das poucas musicas de Korn que ouvia, que gostava. Sabia que algo aqui fazia sentido.
Agora volto a ouvi-la, faz mais sentido do que poderia saber na altura. Todos passam maus momentos ao crescerem, as depressoes nao sao raras. Esta musica sabe-me num desses momentos, em finais de 2003, o que vivia, o que sentia.
É tao estranho que quando se está só e se sente a tristeza, o que de mais negro ha em nos aparece e nos assombra dia e noite, sentimos que somos corroidos ate aos ossos por esse sentimento. Mas nem por isso somos capazes de nega-lo. É quando se torna mais destrutivo que o desejamos mais e nao queremos renuncia-lo nunca... talvez por ser a unica coisa que temos verdadeiramente nosso quando tudo o resto nos falta...
E andamos assim sobre a terra, num mundo paralelo, diferentes de todos, mas iguais a eles. Todo o Mal detro de nos, logo por baixo da pele. Nao o desejamos de qualquer outra forma, que assim seja ate ao fim.
"(...) afinal é 'a noite que todos os medos parecem gigantes, que todas as incertezas sao duvidas infindaveis, uma sombra é enorme, as tristezas sao demasiado deprimentes e as alegrias parecem nao caber em nos... É ? noite que a chuva cai mais forte e o vento canta mais alto. Quando estamos mais sos em nos, quando os laços mais se fortalecem com as companhias. Quando ficamos mais fortes e mais precisamos de força. Quando a emoçao mais facilmente vence a racionalidade. É 'a noite que, por vezes, a reflexao e um copo verde ardente é tudo o que temos.
Bem, para acompanhar esta noite solitaria tenho um monitor braco e um teclado escuro a substituir a antiga caneta branca e o papel escuro, duas velas quase no fim, um telemovel desligado e tudo o que vai la fora. Gostava de mais alguma companhia silenciosa (...), assim sendo, e tendo-a de qualquer forma, posso dizer que desejo acima dessa companhia, uma quente solidao.
Pois é, afinal nesta noite descubro que aparentemente terei um Inverno no verdadeiro sentido da palavra, alegremente constato que estara a chuver mais frequentemente, bastante vento e algum frio... que mais se pode desejar de um Inverno senao que seja algo rigoroso na sua eterna subtileza de existencia, assolada por momentaneas tempestades iradas? Este Inverno promete... afinal foi-me entregue com semelhante cordialidade que quase nem dei por nada... começou a chover, a ficar mais fresco, com algum sol 'a mistura... nem sei bem. Um embrulho a abrir-se e gastar lentamente, doseado por si proprio, ate se esgotar. Algo vindo de algum Deus do Sol e da Chuva, que se aquece, chora, e sopra... Uma entrega de alguem que nao existe.
Apenas me sinto um pouco perdido, quase abandonado, sabendo que a culpa nao é de quem me deixa aqui. Sei-me acompanhado de qualquer forma, mas gosto de ver quem me ve. Nestes momentos de companhia do exterior da janela como outro mundo, gosto de ve-la... ainda no inicio das infindaveis nuvens eternas, tenho já tantas saudades da Lua!"

by Fernando Vargas (excerto de e-mail)

sexta-feira, setembro 9

Poeta obscuro

"Acerca da frase - «Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro.» - julgo haver alguma coisa a explicar. (...) Tracei-a a lapis na parede em frente da cama. Estava sempre a ve-la. Isto 'a noite, quando de subito abria a luz e dizia para mim mesmo: - Nao estou cego. - Ou quando, acordando bastante tarde, verificava com surpresa que nao tinha morrido durante o sono. Sofro destes tormentos da imaginaçao ou da sensibilidade desordenada. Neurose. (...) Tenho algumas prateleiras com livros, meia duzia de quadros e desenhos, uma dezena de discos. O quarto pode ficar subitamente cheio. (...) começo com um poema asteca dito em voz alta dentro do quarto, com um fundo musical. Escolho: um trecho suave e ambiguo, de um ardor grave, ironico. Olho ao mesmo tempo para a reproduçao de um desenho japones: um delicado peixe fugitivo, uma onda enrolada. E a frase irredutivel e orgulhosa :«Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro». (...) Sei rodear-me de coisas poderosas pelo valor da emoçao, de referencia a qualidades intimas e decisivas, e pelo desafio ao proprio sentimento de arrebatada fragilidade humana. (...) Ora eu estou nu, e ainda penso vagamente na divindade asteca, e a delicadeza dramatica do peixe a esgueira-se na musica. Nao é de modo algum unidade, a inteireza, mas quando considero esta luta pela constancia, a fidelidade, a permanencia de certas inspiraçoes e regras - vejo que se procura atravessar todos os fogos, mantendo intactas algumas virtudes: porventura um silencio capaz de dar poder e dignidade 'a nossa morte. É pouco, bem sei, talvez devessemos fazer grandes coisas, duas ou tres coisas verdadeiramente grandes, com que recomeçar o mundo. Mas quando Deus está defronte, na parede, e nos concede a obscuridade para utilizarmos contra a sua magnificiencia, como uma arma insolita e enigmatica, clandestina - quem pode ainda recomeçar seja o que for? O poema que se escreve - longo texto fuindo, denso e venenoso, a imitar a substancia ao mesmo tempo vivificante e corruptora do sangue - nao é sequer uma oferenda dirigida a Deus. É a ironia, onde desliza a arma da nossa obscuridade. Tremenda força essa. Escrevo o poema - linha apos linha, ao redor do pesadelo do desejo, um movimento da treva, e o brilho sombrio da minha vida parece ganhar uma unidade onde tudo se confirma: o tempo e as coisas. De modo que é um extraordinario triunfo tomar o papel entre duas maos sabias e rasga-lo aos bocadinhos, sorrindo. (...) Obscuros como sempre, esmo sem pedi-lo. Grande vitoria que ninguem nos podera arrebatar."

Aqui está um texto que gostaria de conseguir escrever. Algo que transmite como me sinto tantas vezes e tanta senti, todo o texto é aquilo que sei apenas por mim, ditado por palavras que nao sao minhas, organizadas num belo texto. Realcei o que penso ser os pontos principais do meu sentimento ao texto, para organizar um pouco um post tao longo.
Mais um texto de Herberto Helder, proveninente do livro «Passos em Volta». Um livro que começa e acaba com uma viagem que se percorre durante este, vivida em dias aleatorios na mente de um poeta e entre as suas filosofias.

terça-feira, setembro 6



"Vivemos num mundo onde precisamos de nos esconder para fazer amor, mas a violencia é practicada em plena luz do dia"
Apenas uma de muitas frases lendarias deste senhor: John Lennon! Um convicto e famoso senhor com uma filosofia e forma de vida hippie. Hippies eram aquelas pessoas que tinham mais amor e mais amor pelo amor do que aquilo que o mundo podia suportar.
Para todos os (poucos mas resistentes) que ainda seguem uma filosofia neo-hippie, muito bem, força nisso!

Girl, you'll be a woman soon

"Girl, you'll be a woman soon

I love you so much, can't count all the ways
I'd die for you girl, and all they can say is
"He's not your kind"
They never get tired of puttin' me down
And I never know when I come around
What I'm gonna find
Don't let them make up your mind
Don't you know


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon you'll need a man


I've been misunderstood for all of my life
But what they're sayin', girl, just cuts like a knife
"The boy's no good"
Well, I finally found what I've been looking for
But if they get the chance, they'll end it for sure
Sure they would
Baby, I've done all I could
Now it's up to you


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon you'll need a man


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon, but soon you'll need a man"


by Neil Diamond



Esta musica está a ser aqui publicada talvez porque nas ferias a ouvi e voltei a ouvir varias vezes, redescobri-a depois de ter revisto o Pulp Fiction. Do filme, nada mais comento por ja ter sido referido aqui mais de uma vez.
Da musica, nao posso dizer que seja o meu estilo, que seja uma grande musica. A verdade é que é apenas uma musica dos meus primeiros momentos musicais em CD! Acompanhou-me muito tempo. Talvez por isso agora ainda goste de a ouvir, traz-me sempre recordaçoes. É estranho como coisas tao negativas, depois de resolvidas, ultrapassadas e distantes agora parecem quase engraçadas e agradavelmente recordadas.
Nunca tinha lido esta letra com suficiente atençao, mas, agora que a conheço, sei que era semelhante 'as minhas primeiras visoes de amor, mesmo sem ainda saber bem o que isso era, mas acreditando que sabia...
Mas afinal o amor nao é apenas morrer por alguem, é algo mais complicado que isso. Amor é viver-se com alguem e por alguem para alem de se morrer por esse alguem. De qualquer forma, sem me desviar muito, uma musica antiga e muito alternativa que ainda soa bem!

domingo, setembro 4

Hoje, numa noite como tantas outras, em amena troca de ideias com o Fernando ele pos-me uma questao: será que envelhecer é uma maldiçao? Será que é mau? Aparentemente sim! Enquanto somos mais novos tudo é melhor, tudo soa mais perfeito e mais belo.
Mas durante toda a vida aprendi muita coisa e vivi muitas outras, ganhei capacidades de analise, raciocinio, empenhei-me muito em varias coisas e apredi com tudo isto, com uma vivencia. Isto parece o lado positivo de envelhecer.
Será que é necessario envelhecer-se para se aprender, para se ganhar experiencia? Nao pode ser apenas a idade que nos ensina, mas sera um factor extritamente necessario? Penso que nao, ou nao teriam tanta pressa em ensinar-nos tantas tretas na escola para esquecermos logo depois, so porque no mundo adulto de sofrimento acharam que a cultura era isso. No entanto, so com o passar dos dias, anos, do tempo, podemos ter recolhido tudo o que recolhemos de vivencias e experiencias duma vida.
Entao envelhecer seria mau porque? Pela debilitaçao fisica? Claro que sim, mas nao so... pela toma de racionalidade, pela ideologia que se vai ganhando, pela forma de ver o mundo, pelo amor que se tem e pela forma como nos permitimos sentir, pela forma como vemos o mundo, pela passividade perante o que nao concordamos, pelo final da mudança, da descoberta... Por tudo o que nos torna adultos cansados e monotonos, melancolicos, mais tarde em velhos gastos e rabugentos.
Entao a parte negativa de envelhecer é o envelhecimento fisico e mental. Mas as experiencias e aprendizagens podem dizer-se postivas. Mas será que conseguimos diferencia-las? Afinal experiencias e descobertas dao-nos a consciencia que temos e tornam-nos os seres racionais e tenebrosos que por vezes vemos formarem-se com a idade.
Será possivel manter-nos jovens irremediavelmente rebeldes, dinamicos, em mudança, sem medo, acreditando-nos invenciveis? Uma eterna adolescencia mesmo sabendo-se o que se sabe e se vive apos todos estes anos? E quanto 'a debilitiaçao idosa e o desgaste do corpo que, senao doutro modo, nos levara ao nosso fim? Podemos viver sempre jovens se nos sabemos cada vez mais fracos e perto do fim? Será eu podemos envelhecer sem passar a viver na nostalgia do doce passado?

E agora olho para tras... e se eu morresse amanha? Que alcancei na vida? Que realmente grandiosos feitos alcancei? Porque me esqueci desse sonho que todos temos em jovens?
E assim sei com toda a certeza que envelheço, coisa que me prometi contrariar com todas as forças que tivesse...

Mais uma filosofia rasteira de fim-de-semana, devido a uma conversa demasiado amena, demasiado percebida por um dos interlocutores. Algo que conseguiu ser realmente depressivo, mas talvez seja apenas eu que estarei com mais predisposiçao para a depressao...
Recordando uma frase dum professor meu, dr. Antonio Ramalho, "Nao sao apenas as mulheres que tem dias dificeis, os homens tambem!"... e acho que nao é preciso comentar mais esta frase que tenta trazer um sorriso e uma leveza a um post tao forte e triste...

quinta-feira, setembro 1

Se tu viesses ver-me...

"Se tu viesses ver-me hoje 'a tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mao na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti..."

by Florbela Espanca

Após um longo periodo 15 dias de ausencia no blog, devido a umas ferias que talvez mais tarde tenham algo mais a ser referenciado. Neste regresso, nao tendo muito a dizer e estando fisicamente demaisado cansado para inventar, limito-me a postar este belo poema que encontrei postado numa pagina do devart.

segunda-feira, agosto 15

Traces

"She was his autumn mornings
And a tear on his lonely eye,
A dream for each slumber
And a season on every smile.

While tomorrow never raised
And the beginning wasn't the end,
She fasted his daylight
Without missing what she never had.

Prudent as the Moon when the day arrives,
There remains their trace
Guiding each other's soul steps
Far from the night's puddle face.

Wild courage repressed to breath
Holding the fire to end the storm
Linger a while inside their cry
With the sin once denied.

Light would be seen again.
Hope wouldn't die in that day.
Eventually disappeared the day after
Delivering themselves to he past.

Sorrow can't drown all memories
Nor fucking poisoned thoughts
Reach the lovely sounds
Of those familiar voices."

by ThanatoSchizo

Uma musica que tive de ler algumas vezes para fazer uma interpretaçao final. No final, achei-a linda! Já tive o prazer de ver esta fantastica banda portuguesa ao vivo na fnac, esta foi uma das musicas que fez parte da demonstraçao.
Uma banda que conheço há já alguns anos, entre as primeiras bandas de metal que conheci. Agora tenho um cd autografado pela banda e, por isso, so tenho de agradecer ao Black__Rainbow que mo deu.
Uma grande musica, uma bela melodia, "sons adoraveis de vozes familiares". Um grande album.
Segundo me constou também foram eles uma parte integrante da organizaçao do festival de metal nacional em Amarante no qual também tocaram. Alguns dos membros sao faceis de encontrar em eventos desta natureza, como por exemplo, vi em Vilar de Mouros a Patricia (vocalista) e o Guilhermino (guitarrista).

The left hand of God

Um pensamento que tive 'a alguns dias ja nao sei porque.
Ser-se a mao esquerda de Deus será uma bençao ou uma maldiçao? Para alguem suficientemente religioso para lhe ser entregue tal tarefa será provavelmente algo que lhe trara a obrigaçao de cometer algumas atitudes reprovaveis, logo, seria uma maldiçao. Para alguem que seria conformado e teria gosto neste tipo de ocupaçao macabra, apos as consequencias das perseguiçoes sociais e judiciais, penso que também seria uma maldiçao.
Ainda assim, se de alguma forma é um papel entregue a alguem e esse alguem o tem e nao com satisfaçao, penso que essa pessoa nao se pode condenar pelas suas atitudes. Assim, pelo menos aos olhos do(s) Deus(es) que entregaram semelhante papel, o sujeito nao pode ser castigado.
Uma contradiçao se encontra aqui entre os catolicos. Afinal o Deus é um Deus de amor, nunca pode querer mal a ninguem, perdoa sempre. Entao o juticeiro divino nao tem um lugar no "Céu" uma vez que essa atitude nao é aceite divinalmente. Mas também entre catolicos seria necessario este lado de justiça, existe em relatos biblicos. O sujeito faria assim um papel com o qual seria amaldiçoado e pelo qual seria castigado mais tarde. Entao, o pensamento de um "Deus de amor" tem um lapso.
Fora qualquer tipo limitaçao religiosa, acho que qualquer crente em qualquer que seja(m) o(s) Deus(es) deve sentir-se honrado por tal missao lhe ser entregue. O que penso que ocorreria é que o sujeito seria obrigado a viver tempo suficiente para se redimir com o seu passado ou para continuar com as suas acçoes de libertaçao do "Mal" ate ser capaz de se habituar e de viver consigo mesmo sem remorsos. De alguma forma, apos algum temop, a habituaçao e a conformaçao, fariam com que a pessoa ja nao se sentisse mal no seu papel. Assim, essa pessoa poderia ser castigada pela maldiçao que nao escolheu e lhe foi imposta, nao por a ter executado, mas por ja nao sentir remorsos de o fazer.
Relatos deste tipo de justiceiros divinos nao tem sido raro, temos lendas como Van Helsing ou historias veridicas de serial killers, como Jack O Estripador. Algumas lendas, outras reais, algumas entre a realidade e a ficçao, muitas delas associada a algum tipo de demencia... mas muitas, realmente existentes.

Um suspiro

"Tenho saudades de te ouvir falar…
De te ouvir falar de uma forma que me prendia a ti como mais ninguém conseguia, e que apenas permitia que eu ouvisse, além da tua voz, o bater do meu coraç?o e do teu… juntos… E da forma como me ouvias, quando eu precisava falar… quando precisava desabafar…
?s vezes, precisava mesmo de ti, sabes?
Tenho saudades dos tempos em que me olhavas e me vias…Conseguias que eu me sentisse diferente de todos os outros…
Nós éramos diferentes, sabes?
Tenho saudades de quando sentia os teus braços fortes…
De quando me abraçavas e n?o havia mais nada ? nossa volta… Nessa altura, podiam até me tirar o mundo dos pés… nada mais importava… estava contigo… e tu protegias-me…
Contigo, sempre me senti segura, sabes?
Tenho saudades da forma como me limpavas as lágrimas…
Porque ficavas comigo e me ajudavas a levantar quando eu caía… quando todos me voltavam as costas… E porque me ajudavas a curar as feridas que outros me faziam… quando outros me magoavam…
Eras o meu refúgio, sabes?

Hoje, tenho saudades do tempo em que te inventava em sonhos… do tempo em que existias, mesmo que só em pensamento…
Hoje, quero descobrir-te… porque sinto que existes… que podes andar perdido no mundo, mas que talvez te possa encontrar…

Só quero saber onde estás…
Preciso de ti, sabes?"

by Crys

Um lindo texto escrito pela Crys, presente no arquivo http://secretd.blogspot.com/2004/09/um-suspiro.html do seu blog http://secretd.blogspot.com . Deixo aqui o link pois muitas vezes dou por mim a ler o que la esta e a achar que tem interesse, a rir... ou nao... Um blog com actualizaçoes permanentes (algo de que nao me posso gabar de conseguir dar a este blog).
De qualquer forma este texto que aqui deixo foi escrito para alguém que a autora nao conhecia. Mas mais tarde veio a conhecer... situaçoes estranhas, para mim, para muitos outros, nao raras. Mas é intrigante como é descrito algo que é tao sentido, de que tem saudades, mas que nunca ocorreu. "Aquele" amor, que é como so o proprio o sabe, diferente. E a isso dou todo o valor.
E a palavra "Refugio" que, desde o momento que a li que quis posta-la neste blog. Decidi depois que tirar alguma pequena parte do contexto era tirar demasiado.
Mais uma vez, o «Obrigado 'a Crys» por ter escrito um texto como este e por me deixar cita-la.

sábado, agosto 13

Mephisto

Ultimamente dei por mim a resolver muitos dos problemas que me assombram 'a noite. Muitos dos que vivi tantos anos até agora começam a desvanecer-se num fumo de coisas resolvidas pelo tempo e nao pelas atitudes que tive perante elas. Ontem, resolvi mais um ultimo problema que me atormentava ha algum tempo... um dos ultimos... talvez pelas palavras simplistas que troquei com o Black__Rainbow. É mais facil saber quem sou e onde estou se depois de perdido me disserem que era e que posso ser quem quiser a partir de agora e para sempre. Também talvez porque ir ao Heavens sempre me fez bem, ajuda a pensar... mesmo entre a loucura das nauseas e tonturas numa pista em que a musica é ensurdecedora e as luzes no fazem entrar numa confusao de sentidos demasiado fortes... a mente apenas se liberta, se apura, perante os pensamentos.
Vejo-me agora numa posiçao confusa. Fantasmas do passado que pela morte da minha alma me criaram uma nova, aquela que agora tenho, com a qual consegui passar por tudo isso e nao ser mais assombrado. Se isso me moldou para conseguir viver com fantasmas, agora, sem eles, nao preciso ser mais moldado. Confuso? Bastante... mas agora está resolvido...
Mas continua a ser uma ideia similar a uma outra, 'aquela ideia de que temos tanto para nos ocupar que nos dá tantos problemas. Mas, quando fazemos tudo, quando os problemas passam, que resta? O sossego, a paz. Mas sao de pouca dura, porque afinal essas facilmente se tornam tao tediosas que se tornam um assombro. E aí se descobre o sentido das sabias palavras "Maos ociosas sao o instrumento do demonio".
E por falar em demonio, a musica que aqui vos deixo é uma musica inspirada numa historia de alguém que vendeu a alma ao demónio, uma lenda existente em muitas linguas. Para os portugueses, o nome deste protagonista seria Fausto. Mephisto é um filme (http://www.imdb.com/title/tt0082736/) que remonta essa historia numa era moderna, dum artista dramatico que reprensenta propaganda nazi (sem concordar com a ideologia) pela fama que lhe traria.
Mephisto, uma musica com essa base, provavelmente com outro significado ai ligado. Uma com muito sentimento de quem o canta e toca. Esta é uma musica que costuma estar presente nos concertos de Moonspell. Talvez por isso ainda nao concorde com a ideia de que se estao a tornar demasiado comerciais so tocando os produtos mais novos em concertos, acho que os concertos ainda tem muito sentimento e muita qualidade.

"As madmen, some hung head down
From a long dead tree
Some discuss, all at once
For no one to hear

Variations on emptiness
Great themes on vain glory

And as some go feral in strange performances
Dressing customs that are metaphors
Of your disease
Hungry eyes are looking for Me...
Mephisto

Laughing, I feed you
With meaningless games, tricks and philosophies
Whose answers you would die for
In your hunger to believe

How it does amuse Me
And makes Me wonder
For how long that it was Mine
Because now it does really inflame Me

As if ignorance was my secret desire... Mephisto

I am an angel who dresses in red
Riding above you, etching fire rings
I have learned to fly
Don't you remember?
While you still have not come down
From your long-dead tree

I can teach you wonders if you give me your soul
Marvels and wild dreams can be yours
I can teach you how iron turns to gold
And how life can grow so old

But I am a demon who dresses in red
And I do not hope you will understand...Mephisto"

by Moonspell

Obrigado a FramedVenom e a Black__Rainbow, que me ajudaram (e me clarificaram as ideias o suficiente para) a poder escrever isto.

quarta-feira, agosto 10

Mais um informaçao que considerei agradavel e um tanto quanto preciosa.
Moonspell tem um concerto agendado para a noite de Halloween no teatro Sá da Bandeira, no Porto. Juntamente com eles estará uma outra banda cujo nome nao me recordo e da qual nao conheço nenhum trabalho.
Também para Outubro está marcado o lançamento do dvd de Moonspell, que já foi adiado várias vezes, ao que parece, agora é de vez! Provavelmente todos os interessados já ouviram falar deste dvd e já sabem quais os seus conteudos, por isso, nao vou aqui expo-los. Para nao souber quais os conteudos ou quiser saber mais, pode procura-lo na pagina dos Moonspell www.moonspell.com .


Obrigado 'a Crys pela imagem ***

terça-feira, agosto 9

My December

"This is my December
This is my time of the year
This is my December
This is all so clear
This is my December
This is my snow covered home
This is my December
This is me alone

And I
Just wish that
I didn't feel
Like there was
Something I missed
And I
Take back all
The things I said
To make you
Feel like that
And I
Just wish that
I didn't feel
Like there was
Something I missed
And I
Take back all the
Things I said to you

And I give it all away
Just to have somewhere
To go to
Give it all away
To have someone
To come home to
This is my December
These are my snow-covered trees
This is me pretending
This is all I need
And I
Just wish that
I didn't feel
Like there was
Something I missed
And I
Take back all
The things I said
To make you feel like that
And I
Just wish that
I didn't feel
Like there was
Something I missed
And I
Take back all the things
I said to you

And I give it all away
Just to have
Somewhere to go to
Give it all away
To have someone
To come home to

This is my December
This is my time of the year
This is my December
This is all so clear

And I give it all away
Just to have somewhere
To go to
Give it all away
To have someone
To come home to"

by Linkin Park

Este remota ao tempo de mais frio, que nao foi apenas o frio fisico... afinal agora está mais frio que em Dezembro ou Janeiro.
Porque fiz muitas asneiras na vida, muitas mais do que sou capaz de me lembrar, provavelmente repetia-as quase todas.
Fiz muitas asneiras na vida, mas esta bate tudo e, se pudesse, voltava atras... mas agora é apenas tarde demais. Afinal, o arrependimento nao chega para a redençao.

Por isso, especialmente para o pessoal mais novo:
- criem um conjunto de principios, regras de honra, nunca as quebrem. E é mesmo Nunca!
- estejam la quando sao precisos ou desejados, seja quando for. Nao há desculpas de falta de tempo, o tempo arranja-se, cria-se, organiza-se.
- aproveitem todas as boas oportunidades que surjam, sao muitas, algumas muito importantes antes de se dar por isso.
- pensa-se com o coraçao na mao esquerda, alma na direita e encefalo no meio.
Foram as minhas mais valiosas liçoes... e "aprendam com os erros dos outros, nao vao ter tempo de os cometer a todos"... nem é nada de desejavel, vive-se melhor sem eles.

segunda-feira, agosto 8

Capricorn at her feet

"Snowbird, ablaze and hurt.
Brighter, fearless, just like a runaway.
Princess never-a-smile.
Oh, child! What makes you try?
Crying and sobbing
You greet the other day

She who never touches ground.

Spreading an eclipse.
Where never the sun shines,
At her feet.

Frostbite, Astray, Will, Faith.
Haunting, hunting and she rules the game.
Twin soul you are always a strange.
Nothing ever makes you afraid?
Promising, threatening.
She looks the other way

She who never touches ground.

Spreading an eclipse.
Where never the sun shines
At her feet.

Starlike, you're never to be counted.
Look at your hands, child!
Destinies grow back to them.

Daughter sun
With nothing to say.
Never a fullmoon

Just the sickening ray.
Just a sickening ray...

Prudent.
In tears hiding,
No water shed.
The sign of the Cross
Will take you to bed.

In Capricorn.

Spreading an eclipse
May never the sun shine
At her feet"

by Moonspell

Algo que exige um par de lagrimas, talvez um grito. Nao querendo explicar porque, também nao saberia como, por muito que escrevesse.

É preciso vive-lo, senti-lo...

domingo, agosto 7

Somewhere in between

"I can't be losing sleep over this, no, I can't
And now I cannot stop pacing
Give me a few hours and I'll have this all sorted out
If my mind would just stop racing


'Cause I cannot stand still
I can't be this unsturdy
This cannot be happening


This is over my head but underneath my feet
'Cause by tomorrow morning I'll have this thing beat
And everything will be back to the way that it was
I wish that it was just that easy

'Cause I'm waiting for tonight
Then waiting for tomorrow
And I'm somewhere in between
Of What is real and just a dream...
Of What is real and just a dream...
Of What is real and just a dream...

Would you catch me if I fall out of what I fell in
Don't be surprised if I collapse down at your feet again
I don't want to run away from this
I know that I just don't need this

'Cause I cannot stand still
I can't be this unsturdy
This cannot be happening

'Cause I'm waiting for tonight
Then waiting for tomorrow
And I'm somewhere in between
Of What is real and just a dream...
Of What is real and just a dream...
Of What is real and just a dream...
Of What is real and just a dream..."

by Lifehouse

Esta musica muito tempo me acompanhou há alguns anos atrás. Ao som dela algo de muito marcante e importante se passou, apenas agora posso saber o que foi. Também me fez lembrar como pensava e resolvia os meus problemas amorosos... sempre funcionou, mas já lá vai algum tempo desde que o conseguia fazer.

Recordou-me algumas coisas que sabia e que tinha a certeza que existiam, mesmo que mais ninguem o pudesse ver. Prometi-me que nunca me deixaria esquecer quando crescesse. No entanto, dei conta que estava a começar a faze-lo agora, foi bom nota-lo para e repara-lo.

Se o mundo nao fazia sentido antes, muito menos faz agora... mas agora sei nao haver uma explicaçao bela e global para tudo! Afinal, nada tem explicaçao, pois nada faz sentido nem é correcto!

Uma musica para a qual cada verso tem um significado, nada é negligenciado. Essa interpretaçao nao vou divulgar aqui porque seria dizer muito, ficaria um post demasiado grande e acho que a interpretaçao deve ser feita antes de discutida para nao influenciar.

sexta-feira, agosto 5

Amanha

"Cai a noite e fico so
Aqui, sentado a escrever
Já nao sei para onde vou
Talvez venha um dia a saber

Vem dizer
Vem contar, saber
E comigo ficaras
Para sempre aqui

Amanha tudo mudou
Voltei a ver-te como és
Já nao sei porque acabou
A noite, aquela que nos fez

Vem dizer
Vem contar, saber
E comigo ficaras
Para sempre

Se o amanha vier
Talvez me va esconder
E quando a noite quiser
Volto a aparecer"

by Polo Norte



Esta é uma musica que desde muito novo gostei. Esperava ve-la no top + ou no made in Portugal (já nao me lembro qual dava na altura), foi uma desilusao quando deixou de passar.
Alguns anos depois, nao sei como, recordei essa musica, talvez a tenha ouvido na radio. Tirei-a da net. Mas so passado alguns anos tive este blog. Nessa altura ja esta musica andava perdida num cd antigo de mp3.
Reencontrei-a la perdida entre muitas outras reliquias musicais que me fazem lembrar muita coisa (uma bem importante, mas tema para outro post). Uma musica do inicio da carreira dos Polo Norte (que sinceramente nao gosto de mais nenhuma musica que conheça, mas que tambem conheço pouco e nem sequer sei se a banda ainda existe).

Já sei que muitos acham que é uma musica fatela, pois é! Mas eu gosto, talvez porque gostei na altura e agora nao sou capaz de o negar pois significa ja demasiado, mais ainda do que na altura. Muitos me perguntam quando começou a minha adoraçao pela Lua, penso que foi no momento em que comecei a sair 'a noite que a vi como a vejo hoje pelas primeiras vezes. Ainda assim, acho que posso dizer que nesta altura ja tinha algum gosto. Para quem tem (muito) boa memoria, o video tinha uma passagem da Lua Cheia numa colina escura, de pouco mais me recordo.
Acho que sempre interpretei isto como uma serenata 'a Lua. Talvez a um amor Lunar que entenda e sinta o mesmo. A magia da noite, a perdiçao e confusao do dia, a realidade que nos acorda e da qual fugimos para aqueles que somos de dia e para os outros, fuga de nos mesmos.
Se isto aos meus 11 (?) anos fazia sentido, agora faz muito mais! Um dia alguem me disse para guardar o que escrevia para mim proprio mesmo que fosse feio, mesmo um ensaio, um desabafo. Algumas coisas fazem mais sentido passado algum tempo. Guardar as folhas escritas, recolhidas, amarelece-las com o tempo...

quinta-feira, agosto 4

We come 1

De volta de Vilar de Mouros. Devo dizer que tive grandes surpresas relativamente a grandes bandas! Um belo exemplo foi Anathema que deu um concerto em grande, Within Temptation e Nightwish nao ficaram nada atras. Noutros estilos, Faithless e Peter Murphy deram tambem bons concertos. Uma das minhas curiosidades, Jorge Palma, um portugues a fechar o mais lendario festival portugues... uma escolha arriscada, ainda para mais para quem conhece o Jorge. Ainda assim (salvo algumas excepçoes) o concerto foi digno do festival, mesmo nao sendo o estilo de musica a mais apropriada para aquele tipo de eventos. Posso dizer que o Jorge P. melhorou bastante o seu espectaculo ao vivo desde que o vi a abrir um dia em Paredes de Coura, ha 4 anos, salvo erro.
Entre concertos, sono, piadas secas, tentativas de cozinhar, muitas bebidas (principalmente cerveja e absynto), piscina, banhos, insectos, caminhadas ate ao recinto, armar e desarmar tendas... foi um grande festival! Conheci melhor uma pessoa que se revelou muito porreira, tambem um bom fabricador de ritmos (com um jambé, mesas, saco camas... whatever), e uma optimo interlocutor sobre musica (ainda que os nossos estilos perferenciais nao sejam os mais concordantes). Tinha ja ido ao festival do ano passado, este ano revelou-se mais... o seu nome é Jorge Peneda, encontram-no pelo seu blog de tematica musical
http://www.flicflacmusic.blogspot.com/.
Se devo deixar algo para se reflectir em todos os post (ou quase), porque me sinto nessa obrigaçao, uma vez que isso era um dos objectivos...
Uma das minhas agradaveis surpresas foi uma ideologia de Faithless expressa varias vezes no seu concerto, mas mais vementemente durante esta musica. A uniao, o respeito. Por todos, sejam quem forem, como parecerem, onde estiverem, como falarem, o que acharem. Paz, respeitem-se, cuidem-se, somos tudo o que temos. Simbolicamente, fechando a mao e apontado o ceu com o indicador, sinalizando 1, a uniao, nos tornarmos 1. Esta musica pode ainda ser vista com um significado romantico, que sera o que provavelmente inicialmente se entendera, para quem nao esteve presente no concerto.


"All the subtle flavors of my life
Are become bitter seeds
And poisoned leaves
Without you

You represent what's true
I drain the color from the sky
And turn blue
Without you

These arms lack a purpose
Flapping like a humming-bird
I'm nervous 'cause
I'm the left eye
you're the right

Would it not be madness to fight?
We come 1

In you the song which rights my wrongs
In you the fullness of living
The power to begin again
From right now, in you

We come 1

I'm unafraid
Never ever scared
Worries washed
Pressed air
I am the left eye
You're the right
Would it not be madness to fight?

We come 1"


by Faithless

quinta-feira, julho 28

Mais uma vez no blog, mais uma vez para uma breve despedida. Desta vez irei ao festival de Vilar de Mouros, estarei lá (supostamente) durante todo o festival, voltarei apenas na 2a. Os festivais sao normalmente os melhores dias do ano, espero q este nao seja excepçao.
Assim, vos digo ate 2a. Aos que irao, la nos encontraremos!
Lamento se este post está muito curto e nao tem uma musica a acompanhar, mas apenas este comunicado. Isto deve-se ao facto de ser demasiado tarde e amanha ter de acordar cedo...

sexta-feira, julho 22

In Lust


"It comes again... the state I love and hate
It comes again... I am lost yet I have faith
I'm so high on you

The nature of you is to keep on fulfilling the need
The nature of me is to drown with the next defeat

Time after time you bleed your tears for me
Time after time... for me

When fear of life keeps crawling in she wipes it all away
Day turns to night repeats the sin
I'm in lust so let love reign

It comes again... cos you're fuel to this desire
It comes again... cos you make the flames burn higher
I'm so high on you"


by PoisonBlack

Com este post sublinho a importancia da luxuria é algo precioso. Afinal todos falam do amor como algo positivo e da luxuria como algo negativo! Mas a luxuria é um sentimento bem real em todos nos, nao acho que seja vergonhoso ou reprimivel, acho-o saudavel, optimo, desejavel até.
É com o desejo que se inicia um amor, só por essa possibilidade, é positivo. É um sentimento de muitos animais, um instinto sentido desde muitos antes dos humanos exitirem... é tao natural que nao pode ser negativo. É algo que sentimos e nem sempre sabemos explicar o porque, é algo de demasiado profundo, de misterioso.
E todo o amor que começa com o desejo começa com um bom apoio. Com um pouco de sorte junta-se uma bela dose de loucura e luxuria q.b. ... e temos algo que transcende o amor... que nao sei o que é.
Luxuria, desejo carnal, tantas vezes confundida com o amor ou a paixao... Prova-se bem a sua profundidade e a sua intensidade que até a torna dificil de definir.
Num filme chamado "Pecado Original" há uma conversa entre dois homens sobre o sentimento de um perante uma mulher: "- Isso é amor ou luxuria?
- Qual é a diferença?
- Queres dar-lhe tudo ou tirar tudo dela?
- Quero dar-lhe tudo e tirar tudo dela."
Afinal, nao é tao simples assim... pois nao? Mas, para alem do objectivo da conversa encontrei talvez a melhor verbalizaçao da diferenciaçao dos sentimentos, ainda que o nosso coraçao saiba responder muito melhor.

Imagem de Pedro Gomes.

P. S. - Com este post aproveito tambem para me despedir durante os proximos dias que nao estarei por casa. A partir de amanha 'a tarde nao estarei em casa e voltarei 2a f., se tudo correr como previsto.
Aproveito ainda para dar os parabens e desejar um bom dia 'a metaleirazinha mais porreira que conheci até hoje! Uma pessoa que muito me tem dado em termos musicais, várias vezes referenciada neste blog. Alguem que nao vejo ha muito tempo, infelizmente, mas que, provavelmente, nao levara muito tempo a encontrar... Porque hoje a Carolina (AKA Carol) Está de parabens!

quarta-feira, julho 20

Resurrection

"There was a time
When I could breath my life in you
One by one
Your pale fingers started to move
And I touched your face
And all life was erased
You smiled like an angel
(falling from grace)

We've been slaves to this love
From the moment we touched
And keep begging for more
Of this resurrection

We've been slaves to this love
From the moment we touched
And keep begging for more
Of this resurrection

You kissed my lips
With those once cold fingertips
You reached out for me
And oh how you missed
You touched my face
And all life was erased
You smiled like an angel
(falling from grace)

We've been slaves to this love
From the moment we touched
And keep begging for more
Of this resurrection

We've been slaves to this love
From the moment we touched
And keep begging for more
Of this
resurrection"

by HIM

Porque já nao acredito na ressurreiçao dos mortos. Nem de um ser muito poderoso, talvez de um Deus, se é que ainda existem com corpo material, mas de nada mais... muito menos de um mero humano. Por muito mais que ele queira ser. Quando muito, poderia acreditar numa reencarnaçao, mas para o humano, que se constroi, seria um começo de um novo ser, nada teria a haver com o anterior.
É triste, deprimente, decadente perder a fé. 'As por vezes acontece... quando a luz dos factos que vemos, nos cega o coraçao...

segunda-feira, julho 18

Subsanity

Posso dizer que estive horas 'a procura desta letra, e hoje, finalmente, encontrei-a!
A musica onde está implicita a letra é de um ritmo rapido, melodia forte, vozes profundas e uma mensagem lirica de interpretaçao alargavel. Musica muito boa na qual estou bastante viciado... mas ainda nao sei como me apareceu no pc... penso que sei quem ma enviou, mas, nao tendo a certeza, nao vou especular o destinatario do agradecimento!

"I'm alive like a burning fire
Can you feel it
Sensorium... what I feel
Come into the fire
Subsanity - Sun is harming me

Subsanity - Feels like my head's knocked to the wall
I'm alive

Feel the warm drop
Only you can trail one step away
Sensorium
Ain't no words for what I feel

Subsanity - Sun is harming me
Subsanity - Too late... Feels like my head's knocked to the wall
Subsanity - Feels like my head's knocked to the wall

I feel this as time was never before
What I feel with the fires burning full
She says strangling What's your name? What you feel? Cause again:

Subsanity - Sun is harming me
Subsanity - Too late... Feels like my head's knocked to the wall
As before... where were you?
Subsanity"

by Fields of the Nephilim

domingo, julho 17

Os Passos Em Volta

Decidi que por agora (enquanto estou mais desocupado) me didicaria a ler um pouco do que normalmente nao tenho oportunidade. Desta vez um livro de Herberto Helder que me foi oferecido pela «Joaninha» chamado "Os Passos Em Volta". Mais uma vez, tenho de dar a conhece-lo neste espaço.
Este livro, que nao é muito grande, é organizado em pequenos textos de poucas (mais ou menos entre 8-2) paginas. Estes textos contam historias repletas de visoes e reflexoes, durante a vivencia do autor, assim como tambem alguma da sua filosofia. Filosofia de um poeta escrita em prosa... que pode resistir a le-lo? Nem por um pouco apenas...? Bem, o primeiro texto, de nome "Estilo", é realmente promissor e o livro torna-se bastante viciante.
Mais nao direi para nao estragar a surpresa. Embora o texto que ja referenciei se tornasse o que mais gostei ate ao presente momento de leitura (pagina 68 de 194, tendo ainda que fazer algumas analepses), vou dar a conhecer um outro excerto. Isto deve-se apenas ao tamanho do texto, assim sendo, o que aqui divulgo apresenta-se duma menor dimensao e mais facil compreensao. Tal como penso que deve ser uma divulgaçao via internet, na qual, na maior parte das vezes, tudo é lido na diagonal.
Mas, meus caros visitantes e leitores, desenganem-se! Se querem realmente perceber este livro acredito seriamente que vao precisar de le-lo devagar, pensando e vivendo o que se descreve (que se torna bastante facil). Talvez seja necessario a alguns de voces ler alguns textos mais do que uma vez (eu sei que, a mim, foi!) para os perceber melhor. Mas nao poderia ser doutra forma, uma vez ter sido escrito por um poeta, ainda para mais lusitano!

Teoria Das Cores

"Era uma vez um pintor que tinha um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua cor vermelha ate que principiou a tornar-se negro a partir de dentro, um nó preto atras da cor encarnada. O nó desenvolvia-se alastrando e tormando conta de todo o peixe. Por fora do aquario o pintor assitia surpreendido ao aparecimento do novo peixe.
O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, nao sabia o que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituiam-se na observaçao dos factos e punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor - sendo o vermelho entre o peixe e o quadro atraves do pintor. O preto formava a insidia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.
Ao meditar sobre as razoes da mudança exactamente quando assentava na sua fidelidade, o pintor supos que o peixe, efectuando um numero de magica, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas como o da imaginaçao. Era a lei da metamorfose.
Compreendida esta especie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo."

by Herberto Helder