sábado, setembro 17

FullMoon

Só para relembrar a quem se conseguiu esquecer, mesmo com este luar tao lindo, que a Lua Cheia terá o seu maximo esta noite de Sábado para Domingo. A Lua estara no seu apogeu mensal pelas 02.01, o que vai permitir ve-la nesse momento, porque desta vez calha de noite.
Nao podia deixar de referenciar isto dado o Luar que se tem apresentado nestes ultimos dias, daquela Lua tao orgulhosa da sua luz. E ainda porque é num dia 18, e ainda para mais de Setembro, data importante para mim, que a Lua irá atingir todo o seu explendor!
Aproveitem para espreita-la nem que seja so por um momento...

sexta-feira, setembro 16

Estando eu com falta de ideias para um novo post, limito-me a ficar 'a espera que alguma coisa apareça. Ainda assim, aproveito para dizer que dia 19, 2a feira da proxima semana, vou ter muito menos tempo livre do que em qualquer outro momento da vida. Já todos devem ter percebido porque, mas digamos que é apenas ocupaçoes dum mundo que nao é para aqui chamado... pelo menos por enquanto. Claro que isto se irá reflectir na regularidade com que actualizarei o blog.
Um outro problema tem surgido há já bastante tempo e começa a ser inevitavel nao ser notado. Por isso, decidi referencia-lo. Black__Rainbow nao tem feito posts desde há algum tempo, isto deve-se ao facto de o pc dele nao lho permitir. Alguns problemas tecnicos que esperamos ter resolvidos o mais brevemente possivel, mas nao tem sido facil...

segunda-feira, setembro 12

Quase perfeito

Esta musica encontrei-a num journal do deviantart, de uma pessoa que nuncafoi referenciada neste blog (e assim permanecerá). Uma musica de alguem dado ao mundo musical do metal e/ou do gotico, ainda assim, constava esta musica num registo seu. E lá ditava em anexo algo semelhante a "vamos la deixar-nos de preconceitos e ouvir", que é um apelo 'aqueles que recriminam apenas por nao fazer parte do estilo. Foi o suficiente para eu tirar essa musica da net, gostei dela. Musica muito voltada para o lado artistico, é suave (desenganem-se), é musica para os meus ouvidos (mas ja nao era suposto?!).
Tudo isto se passou ja ha algum tempo, a razao porque hoje faço o post é outra. Estava (forçado, obviamente) a ver a festa de aniversario da praça da alegria e esta musica surgiu por entre tudo o que saia da televisao e ja desprezava. Uma musica de qualidade na praça da alegria foi novidade para mim! Tanta coisa estranha com esta musica merece um post!

"Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tao certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Quase que nao chegava A tempo de me deliciar
Quase que nao chegava A horas de te abraçar
Quase que nao recebia A prenda prometida
Quase que nao devia Existir tal companhia

Nao me lembras o céu Nem nada que se pareça

Nao me lembras a lua Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua Tomara que a terra estremeça

Que a minha boca na tua Eu confesso nao sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der O tempo a que temos direito

Se um dia um anjo fizer A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser Faremos o crime perfeito"

by Donna Maria

Obrigado 'a Crys pela letra da musica.

sábado, setembro 10

Alone I break

"Pick me up
been bleeding too long
Right here, right now
I'll stop it some how

I will make it go away
can't be here no more
Seems this is the only way
I will soon be gone
these feelings will be gone
these feelings will be gone

Now I see the times they change
leaving doesn't seems so strange
I am hoping I can find
where to leave my hurt behind
All this shit I seem to take
all alone I seem to break
I have lived the best I can
Does this make me not a man?

Shut me off
I am ready,
Heart stops
I stand alone
Can't be on my own

I will make it go away
can't be here no more
Seems this is the only way
I will soon be gone
these feelings will be gone
these feelings will be gone


Am I going to leave this place?
What is it I'm running from?
is there nothing more to come? (am I Gunna leave this place?)
Is it always black in space?
Am I going to take it's place?
Am I going to leave this race? (Am I going to leave this race?)
I guess god's up in this place?
what is it that I've become?
is there something more to come? (more to come)

Now I see the times they change
leaving doesn't seems so strange
I am hoping I can find
where to leave my hurt behind
All this shit I seem to take
all alone I seem to break
I have lived the best I can
Does this make me not a man?"


by Korn

Cercando a época de Dezembro de 2002 cada acorde desta musica soava nos meus ouvidos como um canto dos deuses. Uma das poucas musicas de Korn que ouvia, que gostava. Sabia que algo aqui fazia sentido.
Agora volto a ouvi-la, faz mais sentido do que poderia saber na altura. Todos passam maus momentos ao crescerem, as depressoes nao sao raras. Esta musica sabe-me num desses momentos, em finais de 2003, o que vivia, o que sentia.
É tao estranho que quando se está só e se sente a tristeza, o que de mais negro ha em nos aparece e nos assombra dia e noite, sentimos que somos corroidos ate aos ossos por esse sentimento. Mas nem por isso somos capazes de nega-lo. É quando se torna mais destrutivo que o desejamos mais e nao queremos renuncia-lo nunca... talvez por ser a unica coisa que temos verdadeiramente nosso quando tudo o resto nos falta...
E andamos assim sobre a terra, num mundo paralelo, diferentes de todos, mas iguais a eles. Todo o Mal detro de nos, logo por baixo da pele. Nao o desejamos de qualquer outra forma, que assim seja ate ao fim.
"(...) afinal é 'a noite que todos os medos parecem gigantes, que todas as incertezas sao duvidas infindaveis, uma sombra é enorme, as tristezas sao demasiado deprimentes e as alegrias parecem nao caber em nos... É ? noite que a chuva cai mais forte e o vento canta mais alto. Quando estamos mais sos em nos, quando os laços mais se fortalecem com as companhias. Quando ficamos mais fortes e mais precisamos de força. Quando a emoçao mais facilmente vence a racionalidade. É 'a noite que, por vezes, a reflexao e um copo verde ardente é tudo o que temos.
Bem, para acompanhar esta noite solitaria tenho um monitor braco e um teclado escuro a substituir a antiga caneta branca e o papel escuro, duas velas quase no fim, um telemovel desligado e tudo o que vai la fora. Gostava de mais alguma companhia silenciosa (...), assim sendo, e tendo-a de qualquer forma, posso dizer que desejo acima dessa companhia, uma quente solidao.
Pois é, afinal nesta noite descubro que aparentemente terei um Inverno no verdadeiro sentido da palavra, alegremente constato que estara a chuver mais frequentemente, bastante vento e algum frio... que mais se pode desejar de um Inverno senao que seja algo rigoroso na sua eterna subtileza de existencia, assolada por momentaneas tempestades iradas? Este Inverno promete... afinal foi-me entregue com semelhante cordialidade que quase nem dei por nada... começou a chover, a ficar mais fresco, com algum sol 'a mistura... nem sei bem. Um embrulho a abrir-se e gastar lentamente, doseado por si proprio, ate se esgotar. Algo vindo de algum Deus do Sol e da Chuva, que se aquece, chora, e sopra... Uma entrega de alguem que nao existe.
Apenas me sinto um pouco perdido, quase abandonado, sabendo que a culpa nao é de quem me deixa aqui. Sei-me acompanhado de qualquer forma, mas gosto de ver quem me ve. Nestes momentos de companhia do exterior da janela como outro mundo, gosto de ve-la... ainda no inicio das infindaveis nuvens eternas, tenho já tantas saudades da Lua!"

by Fernando Vargas (excerto de e-mail)

sexta-feira, setembro 9

Poeta obscuro

"Acerca da frase - «Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro.» - julgo haver alguma coisa a explicar. (...) Tracei-a a lapis na parede em frente da cama. Estava sempre a ve-la. Isto 'a noite, quando de subito abria a luz e dizia para mim mesmo: - Nao estou cego. - Ou quando, acordando bastante tarde, verificava com surpresa que nao tinha morrido durante o sono. Sofro destes tormentos da imaginaçao ou da sensibilidade desordenada. Neurose. (...) Tenho algumas prateleiras com livros, meia duzia de quadros e desenhos, uma dezena de discos. O quarto pode ficar subitamente cheio. (...) começo com um poema asteca dito em voz alta dentro do quarto, com um fundo musical. Escolho: um trecho suave e ambiguo, de um ardor grave, ironico. Olho ao mesmo tempo para a reproduçao de um desenho japones: um delicado peixe fugitivo, uma onda enrolada. E a frase irredutivel e orgulhosa :«Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro». (...) Sei rodear-me de coisas poderosas pelo valor da emoçao, de referencia a qualidades intimas e decisivas, e pelo desafio ao proprio sentimento de arrebatada fragilidade humana. (...) Ora eu estou nu, e ainda penso vagamente na divindade asteca, e a delicadeza dramatica do peixe a esgueira-se na musica. Nao é de modo algum unidade, a inteireza, mas quando considero esta luta pela constancia, a fidelidade, a permanencia de certas inspiraçoes e regras - vejo que se procura atravessar todos os fogos, mantendo intactas algumas virtudes: porventura um silencio capaz de dar poder e dignidade 'a nossa morte. É pouco, bem sei, talvez devessemos fazer grandes coisas, duas ou tres coisas verdadeiramente grandes, com que recomeçar o mundo. Mas quando Deus está defronte, na parede, e nos concede a obscuridade para utilizarmos contra a sua magnificiencia, como uma arma insolita e enigmatica, clandestina - quem pode ainda recomeçar seja o que for? O poema que se escreve - longo texto fuindo, denso e venenoso, a imitar a substancia ao mesmo tempo vivificante e corruptora do sangue - nao é sequer uma oferenda dirigida a Deus. É a ironia, onde desliza a arma da nossa obscuridade. Tremenda força essa. Escrevo o poema - linha apos linha, ao redor do pesadelo do desejo, um movimento da treva, e o brilho sombrio da minha vida parece ganhar uma unidade onde tudo se confirma: o tempo e as coisas. De modo que é um extraordinario triunfo tomar o papel entre duas maos sabias e rasga-lo aos bocadinhos, sorrindo. (...) Obscuros como sempre, esmo sem pedi-lo. Grande vitoria que ninguem nos podera arrebatar."

Aqui está um texto que gostaria de conseguir escrever. Algo que transmite como me sinto tantas vezes e tanta senti, todo o texto é aquilo que sei apenas por mim, ditado por palavras que nao sao minhas, organizadas num belo texto. Realcei o que penso ser os pontos principais do meu sentimento ao texto, para organizar um pouco um post tao longo.
Mais um texto de Herberto Helder, proveninente do livro «Passos em Volta». Um livro que começa e acaba com uma viagem que se percorre durante este, vivida em dias aleatorios na mente de um poeta e entre as suas filosofias.

terça-feira, setembro 6



"Vivemos num mundo onde precisamos de nos esconder para fazer amor, mas a violencia é practicada em plena luz do dia"
Apenas uma de muitas frases lendarias deste senhor: John Lennon! Um convicto e famoso senhor com uma filosofia e forma de vida hippie. Hippies eram aquelas pessoas que tinham mais amor e mais amor pelo amor do que aquilo que o mundo podia suportar.
Para todos os (poucos mas resistentes) que ainda seguem uma filosofia neo-hippie, muito bem, força nisso!

Girl, you'll be a woman soon

"Girl, you'll be a woman soon

I love you so much, can't count all the ways
I'd die for you girl, and all they can say is
"He's not your kind"
They never get tired of puttin' me down
And I never know when I come around
What I'm gonna find
Don't let them make up your mind
Don't you know


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon you'll need a man


I've been misunderstood for all of my life
But what they're sayin', girl, just cuts like a knife
"The boy's no good"
Well, I finally found what I've been looking for
But if they get the chance, they'll end it for sure
Sure they would
Baby, I've done all I could
Now it's up to you


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon you'll need a man


Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon, but soon you'll need a man"


by Neil Diamond



Esta musica está a ser aqui publicada talvez porque nas ferias a ouvi e voltei a ouvir varias vezes, redescobri-a depois de ter revisto o Pulp Fiction. Do filme, nada mais comento por ja ter sido referido aqui mais de uma vez.
Da musica, nao posso dizer que seja o meu estilo, que seja uma grande musica. A verdade é que é apenas uma musica dos meus primeiros momentos musicais em CD! Acompanhou-me muito tempo. Talvez por isso agora ainda goste de a ouvir, traz-me sempre recordaçoes. É estranho como coisas tao negativas, depois de resolvidas, ultrapassadas e distantes agora parecem quase engraçadas e agradavelmente recordadas.
Nunca tinha lido esta letra com suficiente atençao, mas, agora que a conheço, sei que era semelhante 'as minhas primeiras visoes de amor, mesmo sem ainda saber bem o que isso era, mas acreditando que sabia...
Mas afinal o amor nao é apenas morrer por alguem, é algo mais complicado que isso. Amor é viver-se com alguem e por alguem para alem de se morrer por esse alguem. De qualquer forma, sem me desviar muito, uma musica antiga e muito alternativa que ainda soa bem!

domingo, setembro 4

Hoje, numa noite como tantas outras, em amena troca de ideias com o Fernando ele pos-me uma questao: será que envelhecer é uma maldiçao? Será que é mau? Aparentemente sim! Enquanto somos mais novos tudo é melhor, tudo soa mais perfeito e mais belo.
Mas durante toda a vida aprendi muita coisa e vivi muitas outras, ganhei capacidades de analise, raciocinio, empenhei-me muito em varias coisas e apredi com tudo isto, com uma vivencia. Isto parece o lado positivo de envelhecer.
Será que é necessario envelhecer-se para se aprender, para se ganhar experiencia? Nao pode ser apenas a idade que nos ensina, mas sera um factor extritamente necessario? Penso que nao, ou nao teriam tanta pressa em ensinar-nos tantas tretas na escola para esquecermos logo depois, so porque no mundo adulto de sofrimento acharam que a cultura era isso. No entanto, so com o passar dos dias, anos, do tempo, podemos ter recolhido tudo o que recolhemos de vivencias e experiencias duma vida.
Entao envelhecer seria mau porque? Pela debilitaçao fisica? Claro que sim, mas nao so... pela toma de racionalidade, pela ideologia que se vai ganhando, pela forma de ver o mundo, pelo amor que se tem e pela forma como nos permitimos sentir, pela forma como vemos o mundo, pela passividade perante o que nao concordamos, pelo final da mudança, da descoberta... Por tudo o que nos torna adultos cansados e monotonos, melancolicos, mais tarde em velhos gastos e rabugentos.
Entao a parte negativa de envelhecer é o envelhecimento fisico e mental. Mas as experiencias e aprendizagens podem dizer-se postivas. Mas será que conseguimos diferencia-las? Afinal experiencias e descobertas dao-nos a consciencia que temos e tornam-nos os seres racionais e tenebrosos que por vezes vemos formarem-se com a idade.
Será possivel manter-nos jovens irremediavelmente rebeldes, dinamicos, em mudança, sem medo, acreditando-nos invenciveis? Uma eterna adolescencia mesmo sabendo-se o que se sabe e se vive apos todos estes anos? E quanto 'a debilitiaçao idosa e o desgaste do corpo que, senao doutro modo, nos levara ao nosso fim? Podemos viver sempre jovens se nos sabemos cada vez mais fracos e perto do fim? Será eu podemos envelhecer sem passar a viver na nostalgia do doce passado?

E agora olho para tras... e se eu morresse amanha? Que alcancei na vida? Que realmente grandiosos feitos alcancei? Porque me esqueci desse sonho que todos temos em jovens?
E assim sei com toda a certeza que envelheço, coisa que me prometi contrariar com todas as forças que tivesse...

Mais uma filosofia rasteira de fim-de-semana, devido a uma conversa demasiado amena, demasiado percebida por um dos interlocutores. Algo que conseguiu ser realmente depressivo, mas talvez seja apenas eu que estarei com mais predisposiçao para a depressao...
Recordando uma frase dum professor meu, dr. Antonio Ramalho, "Nao sao apenas as mulheres que tem dias dificeis, os homens tambem!"... e acho que nao é preciso comentar mais esta frase que tenta trazer um sorriso e uma leveza a um post tao forte e triste...

quinta-feira, setembro 1

Se tu viesses ver-me...

"Se tu viesses ver-me hoje 'a tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mao na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti..."

by Florbela Espanca

Após um longo periodo 15 dias de ausencia no blog, devido a umas ferias que talvez mais tarde tenham algo mais a ser referenciado. Neste regresso, nao tendo muito a dizer e estando fisicamente demaisado cansado para inventar, limito-me a postar este belo poema que encontrei postado numa pagina do devart.