sábado, julho 8

Na companhia dos lobos...

... é o titulo comum a um filme e a uma reportagem saida ontem (Sábado dia 8) no Jornal de Noticias (JN), na revista que vem sempre em forma de anexo, a Noticias de Sábado (NS).
O filme trata da historia infantil do capuchinho vermelho, com o agravamento do Lobo ser um sedutor lubisomen e a Capuchinho nao ser nenhuma beata... Um filme muito antigo com alguns pormenores que agora so fazem rir. Mesmo assim, um argumento adaptado duma forma engraçada e com muito respeito para com as lendas medievais do lubisomens.
Mas o tema que me traz aqui desde ha tanto tempo nao é tanto o filme, mas a reportagem. Hoje nao tenciono deixar aqui partes pois toda ela é bastante linear. Tem durante todas as 3 paginas de texto depoimentos dum casal de moradores duma aldeia perdida num canto de Portugal que tinha de andar todos os dias 60 km para entregar o correio. Por entre este caminho nao raras vezes encontravam lobos e as historis nao sao em nada agradaveis. Pessoas que vivem apavoradas com medo dos lobos, lobos que nao tem tanto onde viver e fogem com medo 'as pessoas. Os lobos comem gado, caes e outros pequenos animais que por ali perto se avizinhem quando o alimento é escasso, esta competiçao e o temor das pessoas que vivem em aldeias sem televisao, agua canalizada ou luz criam mitos. Esta realidade é ainda muito recente e estes medos e mitos vivem ainda muito presentes entre as comunidades que veem aberta a competiçao pelo alimento do gado.
Por outro lado o lobo ibérico é uma espécie em estinçao e o parque natural do Geres tenta manter os lobos vivos e nao prejudicados pela populaçao. Assim, ha indeminizaçoes para com as pessoas que tenham visto o seu gado atacado. Alguns atrasos, polemicas e afins fazem com que estas indeminizaçoes nao estejam a funcionar da melhor forma...
Totalmente compreensivel o medo dos lobos e as acçoes lupinas. Embora toda esta historia da extinçao da especie lupina em Portugal me deixe sempre triste, traz-me sempre um sorriso saber que essa fama dos lobos e o horror que trazem arrastado consigo ainda é vivo e bem vivo!

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