sábado, janeiro 7

Pressuposto

Mais um pensamento e livre escrita, pela minha parte.
Hoje ocorreu-me se nós teremos tanta capacidade assim de defender os nossos valores perante aquilo que nos ensinam durante o nosso periodo de educaçao. Nao vou aqui falar da educaçao, do que concordo e discordo dela, nem o que acho nela util. Também nao estarei a referir-me ao facto da aceitaçao cega ser, em muitos casos, tao obvia quanto um nariz numa cara. Nao me refiro ainda 'a capacidade de defender algo que sabemos errado, mas, devido ao habito, nao conseguimos evitar.
Falo, sim, da capacidade de nos apercebermos que aquilo que fazemos nem sempre é aquilo que nos consideramos ja correcto e nos demos como concluido. Mas é, sim, o pressuposto do qual seguimos para sermos capazes de pensar em qualquer outra coisa. Complicado? Também achei... um exemplo:
A maior parte das pessoas acha que, quando ha algum desentendimento, se deve resolver as coisas a falar (outros nao, mas isso para outra altura). O que normalmente se diferencia nas pessoas é a forma como sao capazes de defender coisas tao diferentes, a forma como decidem fazer a sua abordagem, a argumentaçao... tudo isso é pensado. Mas quantos serao os que questionam coisas que defendem tanto, sem terem pensado sobre elas? Do genero, quem disse que a violencia nao é a melhor forma (e nao estou a dizer que seja! É um exemplo).

Pois se afinal é, por vezes, a forma mais rapida, facil, eficaz, que mais vontade dá de fazer! Mas nao é correcto... quem disse?! Porque nem todos sao capazes do mesmo fisicamente, mas mentalmente também nao! Entao, é injusto de qualquer forma. Mas a violencia é perigosa para o fisico, provoca dor. Bem, a discussao também (e acho que nao preciso dizer como)!
Entao, sera que é porque a inteligencia ganha a força? Porque a caneta é mais forte do que a espada? Penso que nao... por vezes, a força pode ser mais util que a inteligencia (acho que também nao é preciso exemplos), mas, usualmente, a conjugaçao equilibrada será a melhor soluçao.
Assim, nao deveriamos todos tentar resolver as coisas 'a nossa maneira? Da forma que nos fosse mais favoravel? Aos fortes, 'a força; aos inteligentes, com o intelecto; fatas de educaçao 'a força; filosofias, intelectualmente... Corro entao o risco de defender uma teoria elitista. Sim, é elitista! Também a vida, como toda a evoluçao da vida na terra.
Mas isto foi apenas um exemplo para dar a perceber um pressuposto que, tantas vezs, nos auto-dominamos tanto, tanto defendemos, sem saber se estara mesmo correcto! Sem pensarmos sobre as nossas bases de deduçao e principios.

Quanto a isto, acho que já alguem pensou nisto... algum filosofo cujo nome nao me recordo, mas, para quem nao sabe, que formulou o seguinte pensamento. Deveria repensar tudo e redescobrir tudo a partir da sua racionalidade, tudo seria questionavel. Mas, assim, nenhum pensamento nosso seria valido, pois nao teriamos sobre que pensar, entao, pensar, seria um acto questionavel. Assim, partiu dum pressuposto já tao vulgarizado que já poucos se lembram da origem... «Penso, logo, existo.»
Há ainda um outro livro que tenciono vir a ler brevemente que fala também um pouco sobre isto. Mais ate no sentido de fazer aquilo que nos dizem as nossas visceras e nao tanto seguir as soluçoes impostas como correctas. Uma filosofia um pouco embelezada, para separar os filosofos dos medrosos da descoberta. Algo que tenciono ler (espero que brevemente)... "A biblia satanica".

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