sexta-feira, dezembro 1

Norte (o meu)

"Volto as costas ao vazio
procuro o vento frio
o caruncho pode desfrutar
do meu velho sofá
deixo as manchas de café
o candeeiro de pé
vou em busca do meu Norte

Levo imagens que sonhei
tesouros que roubei
a famosa gabardine azul
tem mais alguns rasgoes
levo as horas que perdi
o espelho a quem menti
sigo em direcçao ao Norte

Quantos pontos cardeais
ficarao no cais da solidao?
Quantos barcos irao naufragar,
quantos irao encalhar na pequenez
da tripulaçao?

Deixo os dias sempre iguais
os mundos virtuais
deixo a civilizaçao que herdei
colher o que plantou
abandono o carrossel
a Torre de Babel
deitei fora o passaporte

Confio 'as constelaçoes
as minhas convicçoes
quebro o gelo que se atravessar
no rumo que eu escolhi
o astrolábio que há em mim
vai respirar enfim
hei-de alcançar o meu Norte"

by Jorge Palma

Aqui fica mais uma cançao deste marginal, conhecido ha longa data, deste blog. Uma musica de quem anda perdido, em busca do seu rumo (ou norte). A busca pela acçao e pelas convicçoes, pelo caminho determinado, fazendo frente ao "gelo que se atravessar" no caminho onde encontrara esse "Norte".
O importante é tantas vezes descobrir o caminho... ate mais do que faze-lo! Porque "a felicidade é um caminho, nao um fim".
Sera que isto do Norte faz mais sentido para os portueneses...?

Sem comentários:

Enviar um comentário